quinta-feira, 18 de julho de 2013

Enfermeira por fim...

Quatro anos, quatro anos se passaram e hoje ao saber a nota de um último exame e saber que tinha acabado o curso, não sei o que sinta...
Estou muito, muito feliz, porque realizei um sonho, concluí o curso que sempre quis para mim, um curso que me preenche enquanto ser relacional. Não foi fácil... Muitas noites mal dormidas, algum choro, muito cansaço, stress e suor, causados pelo estudo e pelos ensinos clínicos (estágios), nestes últimos os principais causadores foram alguns dos orientadores que em vez de apoiarem e incentivarem o estudante a evoluir os denominavam de ignorantes (burros, por vezes) e menosprezavam o valor que estes tinham junto das pessoas e famílias a quem prestaram cuidados. Sendo que por vezes os estudantes eram o grande amparo dos doentes e das suas famílias, pois dispunham de tempo para os ouvir, ouvir os seus medos, as suas dúvidas ou simplesmente estar lá ao seu lado e dar-lhe a mão, um simples toque no braço ou no ombro fazia muita diferença.
Mas como é óbvio nem tudo no curso foi mau... e é o que foi bom que fica na memória e deixa saudades e que hoje me leva a estar meia triste... Foram 4 anos de alegrias de praxes, de novos amigos, alguns que nos acompanham outros ficarão por aqui; de novos amores e desamores, mas principalmente de amores (conheci o rapaz de quem eu gosto, que hoje me faz feliz, que me faz sorrir de forma parva só de pensar nele ou de ler as suas mensagens...); de saídas à noite, algumas bastantes "alegres"; ao longo dos estágios conheci pessoas -desde bebés de meses, até pessoas em fim de vida- que contribuíram para o meu desenvolvimento enquanto ser humano e enquanto enfermeira.
E assim sou enfermeira e sou melhor pessoa do que era há quatro anos atrás! 
Já tenho saudades e como gosto muito de música e esta diz-me muito neste momento, aqui fica...

"Até ao longínquo que os meus olhos alcançam
Há sombras que se aproximam de mim
E aqueles que eu deixei p´ra trás
Que sempre partilharam os meus pensamentos
Seguir-me-ão onde eu for
Eu quero que saibam, eu quero que saibam
Que quando eu for velho e sensato
Palavras passadas nada significam para mim
E qualquer dia pela névoa do tempo
Se me perguntarem se vos conheci, sorrirei
E direi que eram meus amigos

E se uma lágrima te cair
Ao ver chegado o fim
Toma cuidado
Muito cuidado que a saudade começa assim ..."

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