quarta-feira, 10 de março de 2010

Solidão...

Sinto-me só! "Como é que é possível no meio de tanta gente uma pessoa sentir-se só?"- perguntam vocês. Não é preciso muito, basta não termos ninguém ao pé de nós que nos compreenda, que nos ame... Só gostava de me sentir menos só, só gostava de me sentir amada,só gostava de me sentir completa, só gostava de me sentir feliz!
Ninguém pode ser feliz sozinho, a felicidade para ser plena tem de ser repartida. Para tal é necessária a existência de outrem nos nossos dias para que, quando nos sintamos felizes ou tristes sabermos que temos sempre esse alguém disponível e que nos apoia quando é preciso, mas que também nos dá na cabeça.
Preciso desse alguém!Preciso de me sentir completa! Já existiram várias pessoas e que roubaram bocados de mim e que não se importaram com isso. Agora o que eu quero é poder dizer "Aqui, contigo vou ser feliz!", por isso onde quer que estejas aparece e acaba com a minha solidão.

5 comentários:

˚˙º•۰●Móŋΐcส●۰•º˙˚ disse...

Sabes porque é que tas só?!
com textos como "a fama das enfermeiras" não vais deixar de estar... as pessoas gostam de ti, compreendem-te... e tu escreves textos em que só falta mesmo o nome da pessoa a quem te referes... Não podemos ser hipócritas Ana... Se o fores hoje, vais sê-lo sempre...

Sofia disse...

Eu não me estava a referir em ninguém em particular, até porque não há só uma pessoa assim na faculdade. Se magoei alguém peço desculpa! Eu simplesmente digo o que penso, o que sinto, o que vejo e o que muita gente pensa, mas que não o diz.E se estou sozinha é porque há pessoas não se dão ao trabalho de me perceber e de me conhecer sem fazer juízos de valor. Para muitas pessoas é fácil criticar quando não estão na minha pele, quando não passaram pelo que passei, quando me conhecem há três dias e pensam que me conhecem. Digo mesmo acho que na verdade só existe uma, repito uma, pessoa que me conhece.

dream* disse...

"- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita...
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o principezinho. Estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- Que quer dizer "cativar"?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro os homens, disse o principezinho. Que quer dizer "cativar"?
- Os homens, disse a raposa, têm fuzis e caçam. É bem incómodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que fazem. Tu procuras galinhas?
- Não, disse o principezinho. Eu procuro amigos. Que quer dizer "cativar"?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa "criar laços..."
- Criar laços?
- Exactamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo...
- Começo a compreender, disse o principezinho. Existe uma flor... eu creio que ela me cativou...
- É possível, disse a raposa. Vê-se tanta coisa na Terra...
- Oh! não foi na Terra, disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
- Num outro planeta?
- Sim.
- Há caçadores nesse planeta?
- Não.
- Que bom! E galinhas?
- Também não.
- Nada é perfeito, suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia.
- A minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas são parecidas e todos os homens se pareidos também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, a minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra.
O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
- Por favor... cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principezinho, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não têm mais tempo de conhecer alguma coisa. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
- Que é preciso fazer? perguntou o principezinho.
- É preciso ser paciente, respondeu a raposa. Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, cada dia, te sentarás mais perto...
No dia seguinte o principezinho voltou.
- Teria sido melhor voltares à mesma hora, disse a raposa. Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração... É preciso ritos.
- Que é um rito? perguntou o principezinho.
- É uma coisa muito esquecida também, disse a raposa. É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!

dream* disse...

Assim o principezinho cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:
- Ah! Eu vou chorar.
- A culpa é tua, disse o principezinho, eu não queria fazer-te mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...
- Quis, disse a raposa.
- Mas tu vais chorar! disse o principezinho.
- Vou, disse a raposa.
- Então, não sais lucrando nada!
- Eu lucro, disse a raposa, por causa da cor do trigo.
Depois ela acrescentou:
- Vai rever as rosas. Tu compreenderás que a tua é a única no mundo. Tu voltarás para me dizer adeus, e eu te farei presente de um segredo.
Foi o principezinho rever as rosas:
- Vós não sois absolutamente iguais à minha rosa, vós não sois nada ainda. Ninguém ainda vos cativou, nem cativastes a ninguém. Sois como era a minha raposa. Era uma raposa igual a cem mil outras. Mas eu fiz dela um amigo. Ela é agora única no mundo.
E as rosas estavam desapontadas.
- Sois belas, mas vazias, disse ele ainda. Não se pode morrer por vós. Minha rosa, sem dúvida um transeunte qualquer pensaria que se parece convosco. Ela sozinha é, porém, mais importante que vós todas, pois foi a ela que eu reguei. Foi a ela que pus sob a redoma. Foi a ela que abriguei com o pára-vento. Foi dela que eu matei as larvas (excepto duas ou três por causa das borboletas). Foi a ela que eu escutei queixar-se ou gabar-se, ou mesmo calar-se algumas vezes. É a minha rosa.
E voltou, então, à raposa:
- Adeus, disse ele...
- Adeus, disse a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.
- O essencial é invisível para os olhos, repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Foi o tempo que perdeste com tua rosa que fez tua rosa tão importante.
- Foi o tempo que eu perdi com a minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar.
- Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa...
- Eu sou responsável pela minha rosa... repetiu o principezinho, a fim de se lembrar."



As pessoas não se "dão ao trabalho" de perceber as outras...
As pessoas cativam-se.
O pricipezinho aprendeu a lição...

˚˙º•۰●Móŋΐcส●۰•º˙˚ disse...

Ana eu não te conheço , nem tenho pretensão de te conhecer... Não espero encontar os meus melhores amigos na ESEL mas se encontrar hão-de ficar sempre... Não sabem os teus problemas?! Não te conhecem... Num curso de enfermagem onde estudamos ao lado de um Hospital em que as pessoas morrem todos os dias, em que há patologias sem cura e inexplicáveis que assombram vidas das pessoas... Acho que é ingrato olharmos para o nosso umbigo e falarmos e pensarmos apenas nos nossos problemas... Isso é ser egoísta... Vive como se morresses amanhã... Aprende como se vivesses para sempre...